Pouco antes do começo do Mundial, ouvimos muitos jogadores falarem mal da bola que seria utilizada durante a Copa. As piores reclamações vinham dos goleiros. A resposta - da FIFA, dos jornalistas e de jogadores aposentados - foi de que a bola assim foi feita para aumentar a quantidade de gols. Não irei nem ao menos considerar se a Copa do Mundo, o torneio mais importante do Futebol é arena para se testar bolas e/ou regras novas. Vamos apenas aos fatos.
Terminada a primeira rodada da Copa da África, vimos, em 16 partidas, 25 gols. Isso dá uma média "fantástica" de 1,56 gols por partida. Lembremos que a Copa com menor quantidade de gols foi a de 1990, com média de 2,2 gols por partida. A segunda mais baixa foi a do Mundial passado, com 2,3 gols de média. Dos 16 jogos disputados, apenas dois tiveram três ou mais gols: Brasil 2x1 Coréia do Norte e Alemanha 4x0 Austrália. Na Copa de 1998, logo de cara, os dois primeiros jogos tiveram três ou mais gols: Brasil 2x1 Escócia e Noruega 2x2 Marrocos.
Ok, devemos levar em consideração que a primeira rodada, pelos jogadores estarem nervosos, geralmente carece de gols, certo? Não. Na primeira rodada da Copa passada houve 39 gols, média de 2,43 gols por partida. Portanto, a média de gols CAIU após a primeira rodada. Na segunda, foram 36 gols feitos.
Esse Mundial até agora parece muito mau. Com a Jabulani, o que se tem visto é que as seleções que abdicaram de tentar ganhar a partida estão sendo privilegiadas. Algumas partidas viram a luta entre a vontade de ganhar, de um lado, e o medo de perder, do outro. Até agora, o medo de perder, a covardia de não tentar jogar, tem sido favorecida. Espero que tenha sido só até agora.
Desconectando.
16 de jun. de 2010
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