27 de set. de 2008

Dignidade

O relato a seguir é meramente fictício. Qualquer relação com a realidade é mera coincidência.

"Pois é. Eu sei que não fiz o que ela queria que eu fizesse. Mas eu tenho minha dignidade, sabe? Eu sei que não dá pra ver, mas ainda me resta um pouco de bom senso e alguma dignidade. Não que ela se importe. Não que alguém se importe de verdade.

"Ela agiu como se eu a tivesse magoado por eu ter agido do jeito que achei que deveria. Rejeitou-me inúmeras vezes, mas quer que eu aja como um cachorro fiel, não é mesmo? Que importa, a ela, meu comportamento? Todas as vezes que eu fiz o que ela queria que eu fizesse, acabei desprezado, ignorado. E então eu faço o que meu resto de amor-próprio manda, e ela acha que tem o direito de tratar-me daquela forma?!

"Como alguém me explicaria suas ambigüidades? Tanta carência e tanta indiferença... Está sempre distante quando quero ouvir sua voz, mas reclama que não a procuro quando recupero minha sanidade. Ela não é minha dona. E nem quer ser. É como uma criança que deseja o brinquedo mesmo sabendo que irá quebrá-lo e esquecê-lo.

"Ela deveria relaxar, pois não irei mais desapontá-la. Nunca mais. Não que eu atingirei todas as suas expextativas. Pelo contrário, eu as retirei todas. Ela já não tem expectativas para comigo. Se tem, ela deve ter ultrapassado os limites da sanidade."


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26 de set. de 2008

Maldita memória (seletiva)

Inferno! Pensei em mil coisas pra postar aqui durante o dia. Mas acabei me esquecendo de todas elas. Não era nada de muito interessante. O que significa que não ia mudar muita coisa por aqui.

Já que estou falando da minha capacidade de recordar, acho que posso manter-me nesse assunto. Eu esqueço. Sim, sou capaz de esquecer e perdoar. O que esqueço, entretanto, nunca é ruim. Só me esqueço do que foi bom. Esqueço-me da sua amizade. Dos dias incontáveis que partilhamos. Esqueço-me do cheiro da casa da vó. Esqueço-me da atenção que me davam e do interesse que demonstravam por mim. Esqueço-me dos cafés da manhã. E dos filmes da sessão da tarde. E dos doces que não fabricam mais. Em geral, esqueço as coisas comuns, triviais, mas agradáveis. Por Deus, não estou nem perto de ficar velho!

Mas há coisas de que me lembro. O tempo todo.

Lembro-me de ter sido o último. Sua última opção. Lembro-me das nossas brigas. Das vezes que não brigamos, mas que nos magoamos mais do que se tivéssemos brigado. Lembro-me da solidão. De dezembro. De janeiro. E de fevereiro. Dos meses que passei absolutamente só, tentando me enturmar e me acostumar. E lembro-me de não ter recebido uma ligação. Lembro-me do abandono. Lembro-me da rejeição. Lembro-me da exclusão. E do escárnio. Lembro-me das fugas - tanto as minhas como as de mim. Lembro-me das músicas ruins. E da minha arrogância, e da minha prepotência. E da minha insegurança. E das mentiras. E das ilusões. Lembro-me de ter sido usado. E das falsas esperanças, todas em vão. Lembro-me das oportunidades perdidas (inclusive aquela sob a chuva) e de todas as que nem ao menos tive (inclusive aquela sob o sol).

Mas só agora percebo que me lembro de tudo o que ficou e que me esqueci de tudo o que se foi.
E então percebo que acabo de estabelecer nova marca-recorde no quesito "post mais deprimente".

Ah, lembrei o que queria postar. Mas vou esperar um pouco mais.


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24 de set. de 2008

Escolhas e des-escolhas

Não tente entender minha posição política, tampouco a minha posição religiosa. Não que sejam por demais complexas. Mas às vezes é bom ter medo da (minha) verdade. A chance de você não concordar comigo é grande. Grandíssima. Quase máxima.

Aos doze anos, já havia escolhido ser católico. Dois anos depois, voltei a pensar no assunto... Des-escolhi ser católico, mas escolhi continuar cristão. Aos quinze, des-escolhi ser cristão, mas continuei a ter uma fé em algumas coisas que, hoje, parecem-me magia. Hoje, escolho acreditar em nada. Não que acredite que Deus não exista. Mas eu não vou descobrir a verdade antes de morrer mesmo...

Aos doze anos, escolhi ser conservador. No ano seguinte, comecei a flertar com o socialismo, mas escolhi, paradoxalmente, o liberalismo. Aos quinze, des-escolhi o capitalismo e adotei de vez o socialismo. Mas nem tão de vez assim. Aos dezessete, des-escolhi isso, para não escolher mais nada. Talvez seja influência de Adam Smith, daquele pensamento de que todos agem, quase todo o tempo, apenas em virtude do próprio interesse. Olhando hoje, também o faz a esquerda. As pessoas não têm princípios fixos, agem apenas de acordo com o que é vantajoso no momento.

A explicação? Simples. Primeiro: toda forma de governo, bem como a ausência de governo, é um tipo de ditadura. Como escolher a melhor? Segundo: toda religião precisa de crença em magia ou algo do tipo. Como descobrir qual funciona de verdade?

Terceiro: A minha vida. Não a arriscaria por quase nada. Numa revolução, precisa-se de sangue, de combate. Vocês podem ser humanos, mas eu sou um animal - escolho a minha própria vida. Só entraria em combate por dois motivos: última chance de sobrevivência ou possibilidade de ganhar. É tolice lutar quando não se pode ganhar. Ninguém, em sã consciência, faria isso. Não que eu me renda ou me sujeite fácil. Mas dou meu jeito de me reconstruir até poder inverter a situação. Não sou um "missionário", tanto no sentido político como no religioso. Não me importo em ter de esperar, desde que consiga o que quero.


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19 de set. de 2008

Estátua maldita!

Não sei o que se passa. Pessoal da Psicologia, dá uma olhada: eu sou um prato cheio para vocês. Isto é, se é que vocês ainda têm essa coisa de interpretar sonhos. Há um que vem me aterrorizando nos últimos meses.

Não me lembro de quando o tive pela primeira vez, mas sei que não faz muito tempo. No começo do primeiro sonho, estava na minha terra natal, andando pela rua, com amigos. Normal. Então, quando dou por mim, estou em Barcelona. Normal, morro de vontade de conhecer essa cidade, mesmo. Mas, andando pelas belas ruas que nunca vi em vida, só em sonho, e que talvez não existam, eu a vejo. Aquela maldita estátua! Estátua maldita, aquela! Tive medo! Não sei o porquê. Mas não podia continuar em sua presença. Sentia toda a minha alma corroída. Acordei.

No segundo sonho, eu estava em um enorme e desconhecido parque de diversões temático. E, no meio do caminho, ela me aparece, porém maior, mas mantendo as mesmas feições assombrosas. E eu acordei, tremendo de pavor.

Da última vez em que ela apareceu (e foi nesta semana), eu estava em Nova Iorque. No meio daquilo que, no meu sonho, seria o Central Park. Eu estava numa posição mais elevada, de onde eu via a rua que os nativos descreviam como a mais bonita da cidade. E na rua, havia várias estátuas funcionando como pilares para os belos teatros, cinemas e hotéis. Mas entre eles, havia uma casa horrível, com uma marcação em altíssimo-relevo na parede que mostrava imagens de pessoas agonizando. E, na entrada da grande casa, a estátua maldita! Mas agora, acompanhada por uma outra menos apavorante. Ambas imponentes, pareciam guardar a casa. Graças a Deus, acordei.

Como era a estátua? Homem velho, de grandes olhos assustadores, compridos cabelos e barbas, ambos esvoaçantes. Corpo forte e imponente, expresso assim desde o nariz.

Alguém se prontifica a interpretar o sonho ou a estátua?


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16 de set. de 2008

Sobre os anarquistas de hoje (parte 2 de 2)

Como eu disse, odeio digitar. E hoje estou com uma preguiça danada... Mas não quero me deter muito tempo no mesmo assunto. Vou logo falar da idiossincrasia filosófica maior desses encardidos.

Uma coisa pela qual eles protestam insistentemente é na questão da qualidade de vida da classe trabalhadora. Em muitos sentidos. Eles querem salários mais altos. E serviços públicos melhores. O pior é que eles acham que é só fazer um piquetezinho, tomar a reitoria ou algo assim, e o mundo vai mudar, será decretado o fim do neo-liberalismo e o início do governo socialista mundial.Pfooo.

Mas o mais fantástico é aquele velho mote: "não à transformação da educação em mercadoria". Patrão diz: - Tá bom então. Só por você ter pedido, eu já mudei de idéia... Aliás, quer meu carro também?

Eles querem que a educação, numa sociedade mercadológica, crie seres pensantes, críticos...
Patrão diz: Para criticar o quê?
Anarco-encardido: O poder burguês!
Patrão: Opa! Tô nessa! Vambora então?!

Diabos!
Querem a revolução? Esperem pela situação revolucionária. Daí tu faz a festa. Mas convencer o de cima a levantar o de baixo é acreditar demais no ser humano.

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12 de set. de 2008

Sobre os anarquistas de hoje (parte 1 de 2) - Prêmio Poubelle do mês

Eu pensei numa série de coisas pra postar hoje. Mas esqueci-me de todas. Menos uma! Então, lá vou eu, falar dos anarquistas, os infelizes que fecharam o lugar em que estudo essa semana, com uma barricada.

Na verdade, vou falar só sobre algumas das idéias de titica que eles tiveram nos últimos meses.

1 - Há uns seis meses, colaram um cartazes no instituto, dizendo: (1º) "abaixo o autoritarismo!"; (2º) "colegiado antidemocrático"; (3º) "a violência do povo é legítima! Morte aos opositores!".
Daí é fácil fazer democracia, né? Mata todo mundo que não concorda contigo e daí tu democratiza tudo! Fantástico! Assim, até o (sacripantas) General Francisco Franco iria querer democracia.

2 - Não tomam banho. Conseqüentemente, fedem pra chuchu. Ou melhor, pra repolho digerido gasoso.

3 - Nessa semana, como disse, fecharam o prédio em que estudo. O legal é que puseram um cartaz: "O colegiado não nos representa! 12 não falam por 2000"
Tá bom. O colegiado talvez não nos represente, e sem dúvida poderia ser melhorado. Mas, se 12 não deveriam falar por 2000 no colegiado, 12 poderiam falar por 2000 na hora de fechar o prédio? Eu sei que esses anarquistas são minoria. Levaram a melhor por terem se agrupado no começo do dia, enquanto nós, os "renegados" ficamos esparsos, geográfica e temporalmente divididos. Malditos!

Moral da história: a democracia só é boa quando se está por baixo; quando se chega ao topo, ninguém mais quer saber de democracia.


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10 de set. de 2008

Crucificando Anões

Eu juro que não ia escrever nada hoje. Mas, tendo em vista o jogo da seleção, resolvi fazer uma aparição. Pra quê? Adivinha! Descer meu taco de baseball na cabeça de um certo Dunga, que não é o anão da Branca de Neve, muito pelo contrário, pois enquanto um fica calado, outro fala mais que deveria.

Devo revelar que não vi o jogo todo. Dunga não é o único culpado, mas é o único que põe (ou deveria pôr) o cérebro na equipe; os jogadores põem (ou deveriam pôr) o corpo e coração. De qualquer forma, eu gostaria de fazer algumas perguntas ao treinador.

- Para o senhor, empatar em casa contra a Bolívia foi um resultado satisfatório?
- O senhor já não sabia, ou pelo menos deveria saber, que a equipe adversária iria jogar retrancada?
- Ter um jogador a mais em campo durante quase 45 minutos não deveria ser um agente facilitador?
- Se o senhor não montou um time suficientemente bom para passar pela defesa da Bolívia, como espera chegar até a Copa do Mundo, quando terá que passar pela defesa de seleções como a alemã, a italiana, a inglesa, a togolesa, a sul-coreana...?
- Se não há tempo suficiente para treinar e entrosar bem o time, o melhor não deveria ser unir o "espírito" do grupo em vez de desagregá-lo, como o senhor fez assim que assumiu o comando?
- O senhor acredita que os jogadores sentiram seu dedo por trás?
- Ou a não-reação deles já demonstra que não sentiram dedo algum?
- O cabelo do Ronaldinho Gaúcho deixa clara a razão da fama de seus conterrâneos?
- Cê tem bruxove?
- Ter, tinha, acabou-se tudo?


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9 de set. de 2008

The flamboyant invisible man

Tô meio sem idéias para a introdução dos meus assuntos de hoje, então vou pôr tudo sem introdução mesmo.

Fiquei sabendo, recentemente, que tem mais gente entrando, ou pelo menos passeando, aqui do que eu imaginava. O que é uma pena, mais para eles (no caso, vocês) que para mim. Sendo assim, eu deveria tomar mais cuidado com minhas postagens, certo? Certo. Mas não vou, tô nem aí. Quem sabe assim eles (vocês) tomam vergonha na cara e vão ler algo mais útil, como o blog do Allan Sieber ou bula de pomada para hemorróidas.

O segundo assunto é uma comparação entre os dias de hoje e ontem, ou melhor, sobre o tratamento que recebi nos dois dias.

Ontem, tive a sincera impressão de estar sendo evitado. Não pelos que eu conheço. Pelo menos não por todos que eu conheço. Mas por quem passava por mim. Pareciam todos fazer um esforço enorme para não me terem no campo de visão. Eu achei que tinha me tornado o fantástico homem invisível, tomei até fumaça de cigarro na cara; só percebi que não era quando fui cumprimentado por alguém... que eu não conhecia! Ainda bem, imagina só se eu tivesse tentado entrar no banheiro feminino.

Hoje, foi justamente o contrário! No começo, achei que eu apenas parecia com alguém que aquelas (estranhas) pessoas conheciam. Até que gente demais começou a me encarar. Fiz a conclusão óbvia - hoje eu devo estar mais bonito, não é? "Calma aí, não é só mulher que tá me encarando... E não é possível que haja tantos gays nessa cidade... E muito menos que eu seja bonito assim, pra chamar a atenção de tanta gente. Será que tem cocô de pombo na minha roupa? Ou chiclete no meu cabelo?"

Então eu me olhei no espelho: "Ué... tô vendo nada de estranho, pelo menos nada que seja novo, só as esquisitices de sempre mesmo. Santas Armas de Destruição em Massa, Batman! Que diabos se passa?"

Nunca achei que evitassem me olhar tanto quanto ontem. E nem que me encarassem tanto quanto hoje. "Não é ciência, é macumba!" Só pode ser!


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5 de set. de 2008

Entrando na balada.

Eu sei que tenho cara de novo. E, na foto do RG, eu tinha uns doze anos. Mas a classe dos seguranças de boate acabam de entrar na minha lista das coisas mais odiadas (por mim, óbvio). Não que eu tenha sido barrado. Mas eles demoraram uns minutos pra me deixar passar.

Olharam e viram minha cara, de aparência mais juvenil, digamos assim, em comparação ao pessoal que estava comigo. Pediram RG. Normal. Mostrei. O primeiro deles olhou sei-lá-quantas-vezes do RG ao meu rosto. "Cara, crachá, cara, crachá, cara, crachá". Que que ele achou? Que meu rosto mudaria? Se cada vez que ele fez isso minha idade fosse acrescida em 10 anos, eu já estaria mais velho que o Cid Moreira (mas mais novo que a Hebe).

Então o primeiro segurança passou pro segundo (sim, são necessários dois seguranças pra trocar uma lâmpada) o meu RG. E o outro fez a mesma coisa. Se eles fossem meio afetados, iria achar que estavam querendo trocar uma idéia. Ou outras coisas mais "fluidas".

O segundo orangotango teve a (brilhante) idéia de me perguntar meu nome completo. Por mil ratazanas aquáticas! Ele achou o quê? Que o RG era falso? Porque diabos eu iria fazer um RG falso com a foto de um moleque de doze anos? Mas há outra hipótese, né? A de que o RG não fosse meu. De qualquer forma, o cara continuou perguntando pelo nome dos meus pais. Se o RG não fosse original ou meu, eles acham que eu não teria me dado ao trabalho de decorar essas informações?

Qual seu nome?
Eric XWZ
E o da sua mãe?
M XWZ
E o do seu pai?
errr... R XWZ

E o infeliz ainda perguntou pela data de nascimento.
- hmmm... 6/Julho/1992... Poutz!
- A-há! Agora eu te peguei!

"E no oitavo dia, MacGyver inventou a babaquice". Porque, MacGyver? Porque fizeste isso?

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P.S.: Felizmente, eu entrei.

2 de set. de 2008

Música do Mês de Setembro

Curiosidade inútil: pela primeira vez, a música escolhida para ter sua letra postada aqui não é a décima quinta faixa da Playlist.

E a música escolhida foi... (ao som de tambores rufando)


Black Sabbath - Iron Man

I am Iron Man!

Has he lost his mind?
Can he see or is he blind?
Can he walk at all,
Or if he moves will he fall?
Is he alive or dead?
Has he thoughts within his head?
We'll just pass him there
why should we even care?

He was turned to steel
in the great magnetic field
When he travelled time
for the future of mankind

Nobody wants him
He just stares at the world
Planning his vengeance
that he will soon unfurl

Now the time is here
for Iron Man to spread fear
Vengeance from the grave
Kills the people he once saved

Nobody wants him
They just turn their heads
Nobody helps him
Now he has his revenge

Heavy boots of lead
fills his victims full of dread
Running as fast as they can
Iron Man lives again!


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1 de set. de 2008

Playlist do Mês de Setembro

Chegou o momento mais esperado para mim, e mais potencialmente temido e desprezado pelos meus (sic) leitores - a playlist do mês. Gosto porque vejo nela um meio de falar de mim mesmo sem fazê-lo explicitamente.
As músicas desse mês foram selecionadas a partir do Guitar Hero.
Espero que apenas alguns gostem :P

1 - The Ramones - I wanna be sedated
2 - White Zombie - Thunder kiss 65
3 - Depp Purple - Smoke on the water
4 - Boston - More than a feeling
5 - ZZTop - Sharp Dressed Man
6 - Black Sabbath - Iron Man
7 - Megadeth - Symphony of Destruction
8 - David Bowie - Ziggy Stardust
9 - Helmet - Unsung
10 - The Jimi Hendrix Experience - Spanish castle magic
11 - The Red Hot Chilli Peppers - Higher ground
12 - Blue Öyster Cult - Godzilla
13 - Steve Ray Vaughn - Texas flood
14 - Pantera - Cowboys from hell
15 - Ozzy Osbourne - Bark at the moon


Há outras faixas que eu gostaria de colocar, mas as separei para outras playlists...

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